Mata é uma cidade que por obra da natureza está situada sobre uma imensa floresta de fósseis, que são documentos vivos de uma história vivida aproximadamente 200 milhões de anos e que ainda hoje pode ser estudada em seus mínimos detalhes.
O turismo influi diretamente na economia do Município, pois se constitui de importante fator de desenvolvimento. O Município de Mata, possui numerosas atrações culturais e turísticas, sendo considerado um verdadeiro "Museu a Céu Aberto". Possuindo a maior reserva em área delimitada de fósseis do Brasil. O município foi reestruturado para melhor atender a demanda de turistas.
A cidade de Mata faz parte, dos Sítios Paleobotânicos do Arenito Mata, criado pela Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos. De idade Triássica, estas exposições de "florestas petrificadas" estão entre os mais importantes registros do planeta, tendo se formado a mais de 200 milhões de anos. Ainda no Museu Padre Daniel Cargnin você encontra uma coleção com mais de 2.500 peças com fosseis animais, vegetais, minerais e na parte da arqueologia , sendo considerado um dos museus mais completos que existe para estudos científicos.
O senhor José da Silva Pereira e sua esposa Francisca Pereira Pinto eram naturais da ilha do desterro, hoje Florianópolis; vieram para Porto Alegre lá por 1818, ele se torna Alferes do exército português e Auxiliar da corda do piloto (uma espécie de agrimensor). Medindo alguma propriedade no interior de Rio Pardo, José descobre uma sesmaria abandonada; esta mesma propriedade tinha sido doada ao senhor Manoel dos Santos Pedroso (Maneco Pedroso) como premio por ter expulsado os espanhóis da região das missões em 1801. Maneco então tinha ganho a estância de São Pedro como sesmaria. Maneco morreu em 1816 na guerra contra Artigas e a propriedade ficou abandonada. Em 1821 que foi o penúltimo ano que o príncipe regente doa estas propriedades o senhor José da Silva Pereira recebe a sesmaria que anteriormente tinha sido de Maneco Pedroso. José e Francisca chegam no municìpio no ano de 1822 aproximadamente. Tiveram aqui cinco filhos, Cândido, Basílio, Francisca, Carlota e Randolpho que foi o último filho do casal. José da Silva Pereira é assassinado em 17.12.1843,; nesta época já tinham vendido a sesmaria e tinham comprado seis fazendas do lado de cá do rio Toropi. Francisca casa novamente com um advogado João Chrisóstomo de Oliveira que era pernambucano, e mais tarde foi assassinado também, pois se tornou muito mau pra senhora Francisca. Randolpho se casa com Joaquina Alves Machado e tiveram 15 filhos.
Em 1919, com a inauguração da Ferrovia que ligava Santa Maria a Jaguarí, começa a crescer, em torno da Estação Ferroviária, uma nova vila que foi chamada de Mata, hoje Sede do Município.
Em 1960 foi formada uma Comissão Pró-Emancipação, mas somente em 27 de Setembro de 1964 foi realizado o Plebiscito, com a vitória do “Sim” sobre o “Não”.
Em 02 de Dezembro de 1964, foi sancionada, pelo Governador Ildo Meneghetti, a Lei Estadual nº 4.836, que foi Publicada no Diário Oficial do Estado, nº 119, em 04 de Dezembro de 1964. Como o art. 6º, da citada Lei, se referia que a mesma entraria em vigor na data de sua Publicação, fica claro que a data real de criação do Município é a de 04 de Dezembro de 1964.
Outrossim, a existência político-administrativa somente veio acontecer no dia 13 de Junho de 1965, com as Posses do primeiro Prefeito eleito Ângelo André Paraboni e de seu Vice-Prefeito Rubens Haesbaert.
Sendo que a primeira Legislatura, da Câmara Municipal de Vereadores, que funcionou de 13/06/65 em adiante ficando sua 1ª composição assim formada:
Ângelo Dambrós, Gustavo Augusto Warth, José Bolzan Taschetto, Idalino Messias Camargo Ramos, João Batista Camargo, Atalício Flores da Silva e Flodoaldo da Silva Machado.
Em 1976 chegou a cidade o Padre Daniel Cargnin que descobriu os fósseis vegetais e a partir daí Mata passou a ser conhecida como a 'Cidade da Madeira que Virou Pedra". Sendo reconhecida internacionalmente.